Algumas Reflexões Sobre o Objeto e Método da Cartografia
Conferência Cartográfica Internacional
Professor K. A . Salichtchev, Departamento de Geografia, Universidade Estadual de Moscou, presidente da Associação Cartográfica Internacional 1068/72.
Extraído de Cartographica, Monograph 19 University of Toronto Press, 1977.
Realizações científicas específicas e tendências no desenvolvimento da ciência, assim como escolas e visões diferentes estão sendo colocadas em congressos científicos internacionais. A Sexta Conferência Cartográfica Internacional realizada no Canadá em 1972, confirma esta reflexão, especialmente com respeito aos objetivos e tarefas da cartografia.
Três anos atrás “The Canadian Cartographer” deu-me a honra de publicar meu artigo sobre o objeto e o método da cartografia (1). A conferência canadense sugeriu que eu voltasse a essa questão.
As principais tendências no desenvolvimento da cartografia contemporânea – a introdução da automação, o progresso das áreas temáticas, o sucesso do uso do mapa como recurso da pesquisa científica – estão expandindo seus horizontes e naturalmente, criando uma necessidade de repensar o objeto e o método da cartografia. Parece-me que o próprio sucesso da Cartografia automatizada, a qual foi reforçada parcialmente pela aplicação da teoria da informação matemática para a solução de certos problemas cartográficos, proporcionaram uma base para diversos cientistas avançarem em direção a visões da cartografia como disciplina técnica – informacional. Cartógrafos americanos em particular, tem afirmado repetidamente que eles vêem o principal objetivo da cartografia e dos mapas como sendo a transmissão da informação espacial, sendo o ideal desta transmissão a retirada, pelo leitor, da quantidade de informação que foi colocada no mapa pelo seu compilador (2). Estas visões têm sido expressas, na sua plenitude, especialmente por J. L. Morrison, o qual acredita que: a) cartografia é a