ALGUMAS PRESSUPOSIÇÕES EDUCACIONAIS DE FILOSOFIA PARA CRIANÇAS.
ALGUMAS PRESSUPOSIÇÕES EDUCACIONAIS DE FILOSOFIA PARA CRIANÇAS.
SÃO LUÍS
2013
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo relatar de forma detalhada algumas pressuposições educacionais de filosofia para crianças, através de alguns tópicos como: Preservar a integridade da filosofia como uma disciplina; Transformar a sala de aula numa comunidade de investigação; e Preparar o professor e o currículo.
1. ALGUMAS PRESSUPOSIÇÕES EDUCACIONAIS DE FILOSOFIA PARA CRIANÇAS
No passado, as discussões sobre Filosofia para jovens pressupunham que os estudantes não podiam ter idade inferior dos que frequentavam a escola secundária. A perspectiva de incentivar a reflexão filosófica entre a criança do 1º grau era literalmente impensável. Mais adiante, essas discussões tenderam a supor que as dificuldades de se apresentar a filosofia aos jovens estavam na inerente complexidade da disciplina, sem falar na abstração que a tornava muito enfadonha e inacessível para as crianças. Consequentemente, os esforços de apresentar a filosofia aos jovens limitavam-se, a procurar meios de tornar a disciplina mais simples, e mais aceitável. Mas, obviamente, não se pôde avançar muito longe por esse caminho, tendo sido então pressuposto que se deveria concentrar em proporcionar o enriquecimento filosófico aos alunos mais brilhantes dos últimos anos do 2º grau.
Podemos esperar que Filosofia para Crianças dê frutos numa sala de aula heterogênea onde estudantes falem sobre uma variedade de experiências e estilos de vida, onde se explicitem diferentes crenças na importância das coisas, e onde uma pluralidade de maneiras de pensar, em vez de serem depreciadas, sejam consideradas inerentemente valiosas.
Um dos maiores obstáculos para que as crianças pratiquem a filosofia é a terrível terminologia tradicional. Participar da atividade filosófica como estudante significa aprender a lidar com um vocabulário