Aldicarb
Vários carbamatos utilizam vias metabólicas similares tipo monoxigenases FAD-dependentes, que rapidamente os degradam em oximas, sulfóxidos, sulfonas e acetonitrilas e CO2.
Após ser prontamente absorvido por qualquer uma das vias de exposição, o aldicarbe é rapidamente oxidado a aldicarbe sulfóxido (ASX) e uma porção deste é lentamente degradada a aldicarbe sulfona (ASN), antes de ser hidrolisado a agentes não colinérgicos. Estes três compostos podem ser convertidos em suas respectivas oximas e nitrilas e podem ser transformadas em aldeídos, ácidos e álcoois.
O metabólito ASX é um inibidor mais forte da acetilcolinesterase que o próprio aldicarbe, enquanto o ASN é menos ativo.
Alguns estudos feitos com suínos mostraram que sistemas enzimáticos microssomais, envolvendo monooxigenases e o citocromo P450, catalisam a transformação de muitos praguicidas a sulfóxido e sulfona, respectivamente, e que o mesmo ocorre na oxidação do aldicarbe, e o citocromo P450 pode contribuir na oxidação a sulfóxido.
O aldicarbe e seus dois metabólitos são hidrolisados as suas correspondentes nitrilas, e estas são consideradas atóxicas.
O aldicarbe e seus metabólitos são distribuídos por vários tecidos do corpo, mas não há indícios de que estes se acumulem.
Estudos mostraram que a excreção de aldicarbe é de aproximadamente 90% por via renal e de 2 a 5% pelas fezes 24 horas após a exposição