Alcoolismo e Separações
Foi assim que, tendo travado conhecimento com um alcoólatra, em recuperação há mais de 15 anos, a curiosidade foi aguçada passando então a freqüentar as reuniões do grupo para entender melhor o processo do alcoolismo, assim tomando consciência de que se trata de uma doença crônica, progressiva, que destrói o seu portador e todos aqueles com quem ele convive, com repercussão na sociedade onde se encontra o mesmo inserido.
Dessa forma, iniciando uma parceria com o grupo de AA existente no município, participando das reuniões – como forma de entender o processo da embriaguez patológica, percebemos – em bem pouco tempo, que talvez fosse possível, numa ação conjunta, evitar o desfazimento da união marital, em função dos atos do alcoólatra.
Do pensamento partimos para a prática. Foram vários meses de freqüência às reuniões, ouvindo os relatos trágicos daquelas pessoas que tentam, a todo custo, dia após dia, livrar-se da ingestão de bebida alcoólica, buscando resgatar sua dignidade, respeito e amor da família.
Percebendo que a separação, em casos de alcoolismo, traz como conseqüência um agravamento da enfermidade, pelo sentimento de abandono do alcoólatra pela perda do apoio e companhia da esposa e filhos, com acentuadas crises de depressão que levam o doente a ingerir cada vez mais álcool, como saída para um sofrimento maior, deliberamos fazer a tentativa de, em conjunto com os portadores do alcoolismo que já se encontram em recuperação há vários anos e que por isso mesmo têm toda autoridade para tratar do assunto, “sanear” aquelas