Alcool na gestação
Síndrome do Álcool Fetal (SAF) para definir um conjunto de características associadas ao alcoolismo materno, caracterizado por malformações, alterações principalmente faciais, retardo de crescimento, retardo da maturação psicomotora e desenvolvimento intelectual diminuído.
O etanol se distribui livremente no tecido fetal após a ingestão de bebida alcóolica pela gestante, sendo que o mecanismo de ação que leva a danos ao feto não está bem estabelecido, porém acredita-se que o álcool possa levar a falta de oxigênio para o feto e retardo de crescimento intra-uterino por provocar estreitamento (constrição) dos vasos sangüíneos. O acetaldeído, que é um subproduto altamente tóxico do etanol, pode ter também um efeito direto no desenvolvimento do embrião, apesar de não haver uma explicação para o seu mecanismo de ação. De qualquer forma, o efeito danoso final da exposição ao etanol ou seus subprodutos é a interferência na proliferação normal e na migração das células do cérebro.
O uso materno de álcool durante a gestação também pode levar a um aumento no risco de abortamentos e da taxa de mortalidade fetal.
Os efeitos do etanol sobre o feto podem ser divididos em 2 entidades:
1. Síndrome do Álcool Fetal (SAF), a qual é ligada ao alcoolismo materno. Os seguintes achados clínicos são achados nos neonatos com esta síndrome: alterações faciais; retardo do crescimento (por um dos 3 seguintes critérios: baixo peso ao nascer em relação à idade gestacional; perda de peso com o decorrer do tempo não devida à má nutrição; ou peso desproporcionalmente baixo para a altura) e anomalias do Sistema Nervoso Central (por um dos seguintes critérios: tamanho do crânio diminuído ao nascimento, anomalias de estruturas do cérebro ou sinais neurológicos como má coordenação motora e do movimento dos olhos);
2. Efeitos Relacionados ao Álcool (ERA), que podem ocorrer mesmo em mães que não são alcoolistas. Duas categorias podem existir aqui simultaneamente: malformações