Alain Touraine: A CRÍTICA DA MODERNIDADE - Capítulo 3

551 palavras 3 páginas
Quando pensamos em modernidade temos um conceito muito voltado para o individualismo. Possuímos uma ideia geral e complexa da modernidade dominante. Os países se organizam pelo progresso e pela razão. Essa definição possui relação com os pensamentos de Max Weber: “o desencadeamento do mundo” é a ideia sobre o momento em que a sociedade surge e é governada pela técnica e pela razão. Uma das críticas de Weber para essa visão é que a sociedade é presa em uma jaula, a beleza da vida, da cultura e das artes se tornam uma paixão perdida para a razão. Seguindo a mesma linha de pensamento, a crítica do autor Horkhaimer fala sobre uma sociedade dominada pela cultura de massa que faz com que a cultura em si seja uma reprodução de formas empobrecidas. Já para Alain Touraine, essa mesma sociedade está em progresso contínuo e possui a contrapartida de destruição de outros “mundos”. Para criticar o progresso, o pós-guerra e a barbarie tornam-se os contextos certos. A modernização não é somente progressos e técnicas.
A modernidade é estudada através dos atores: empresas, nações e consumidores. É exposto no texto que diversos fatores envolvidos com esses atores não são guiados pela razão. O sistema de consumo e lucro não estão ligados necessariamente à razão. Assim como a sexualidade, a política e o nacionalismo, os quais são elementos que guiam a sociedade. Entretanto, a ideia tradicional de modernidade colocava as pessoas de forma integrada à razão “tudo que é diferente deve ser dominado”. O eurocentrismo e o etnocentrismo importados do colonialismo buscavam separar as tradições e se apoiavam aos particularismos das nações tradicionais europeias. Dessa ação surgiu “a construção do outro”, uma ideia de sociedade ideal, difundidada através dos meios de comunicação atuais.
O local da nação se modifica. O que no século passado relacionava-se aos particularismos, hoje torna-se uma relação de nações para nações em rumo à um mundo globalizado e sem fronteiras. Por exemplo, não

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