Aioh
só para enrolar
Sócrates inventa uma técnica chamada Maiêutica, em que, através de uma série de perguntas oportunas inteligentes, encaminha o seu adversário na senda da produção do próprio conhecimento que ele deseja gerar com a discussão.
Platão aperfeiçoa a Maiêutica socrática, conservando seus elementos fundamentais, mas elevando-a a uma dialética (arte do diálogo). Na dialética platônica, parte-se primeiramente de uma determinada tese (ou idéia), que é melhorada e aperfeiçoada, cada vez mais, no decorrer da discussão. Dessa tese, surge uma antítese, que tem como finalidade contrariar a tese inicialmente levantada. A dialética platônica nasce justamente da fusão entre a tese e a antítese, que passam a compor uma nova tese, e assim sucessivamente, num eterno movimento dialético de conciliação entre idéias opostas e complementares.
O objetivo deste estudo é refletir sobre a arte de discutir no sentido de melhorar a nossa compreensão do mundo e de nós mesmos.
A dialética é, propriamente falando, a arte de discutir. A arte do diálogo. Como, porém, não discutimos só com os outros, mas também conosco próprios, ela acaba sendo considerada o método filosófico por excelência. Entre os gregos, chamava-se ainda dialética à arte de separar, distinguir as coisas em gêneros e espécies, classificar idéias para poder discuti-las melhor (cf. Platão, Sofística, 253c)
Com o passar do tempo o termo evolui para um sentido mais preciso, designando "uma discussão de algum modo institucionalizada, organizando-se habitualmente em presença de um público que acompanha o debate – como uma espécie de concurso entre dois interlocutores que defendem duas teses contraditórias. A dialética eleva-se, então, ao nível de uma arte, arte de triunfar sobre o adversário,