AIDS na frica
Quinze países representam, em números absolutos, 73% dos 35 milhões de soropositivos do planeta. São eles, em ordem descrente: África do Sul, Nigéria, Índia, Quênia, Moçambique, Uganda, Tanzânia, Zimbábue, Zâmbia, Malaui, China, Etiópia, Rússia, Brasil e EUA.
Mas o fato de um país ter muitos habitantes soropositivos não é necessariamente algo ruim, porque significa que entram na conta dos que recebem tratamento. Por isso, há outra lista, tão ou mais importante: a dos 15 países que representam 76% dos 2,1 milhões de novas contaminações no último ano, também encabeçada pela África do Sul.
Na África, o continente mais afetado, mais de 80% das pessoas diagnosticadas recebem o tratamento atualmente. Essa cifra, no entanto, pode levar a imprecisões: há muitos africanos, talvez até 50% do total, que são portadores do HIV, mas não sabem disso.
A situação africana é trágica. Em países como a África do Sul, por exemplo, a epidemia, que continua se alastrando, já provocou redução populacional. Por outro lado, a extrema pobreza do continente como um todo inviabiliza o tratamento com antivirais, uma vez que o custo médio por pessoa varia entre 10 e 15 mil dólares/ano. A África Subsaariana concentra o maior número de pessoas infectadas: 23,5 milhões de portadores, seguida pela Ásia Meridional e Sul-oriental, com 4,2 milhões. Na América Latina, são 1,4 milhão, enquanto a Oceania tem a menor estimativa, 53 mil infectados.
Quem lidera o ranking é a África Subsaariana, com 1,7 milhão de novas infecções. Em seguida, aparecem a Ásia Meridional e Sul-oriental, com 300 mil e a Europa Oriental e Ásia Central, com 170 mil. Já na América Latina, 86 mil pessoas foram infectadas pelo vírus