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A liberdade relativa da produção artísticaO desenho em si como forma de esboçar pensamentos, sensações e emoções sobre o papel é livre, mesmo quando seu formato resulta a atender interesses políticos e/ou comerciais. Pois ele pode obter qualquer forma, se adaptar a diferentes necessidades e mostrar distintas maneiras de ver não apenas os objetos que circundam o cotidiano do artista e da sociedade, mas também um pouco de expor a interioridade nas maneiras de ver. Ele se constitui como imagem que tem importância social e histórica, carregando consegue características essenciais, não apenas do artista, mas da época da sua produção, valores, conhecimentos, técnicas desenvolvidas, do porque e como foi produzida, conseguindo dialogar com outros tipos de arte, e mostrando, portanto, a sua multiplicidade e importância para o mundo.
Essa abordagem foi escolhida para exemplificar que apesar da introdução do catálogo mostrar o desenho como esboço livre e sem delimitações, e as imagens reproduzidas realmente passarem essa noção de liberdade na produção artística, por vezes a elaboração pode ser tendenciosa, tentar fazer parte de uma indução de valores através da imagem, ou seja, em certas ocasiões ela tem que atender a temas e interesses que vem tanto de quem a encomenda, quanto de quem a faz. O desenho é livre quanto às formas de representação, mas o que se pretende passar com o seu produto final nem sempre é assim.
É relevante ressaltar que o desenho não perde a sua importância na construção da História da Arte. Depreende- se que o artista não é um ser isolado e coloca na obra sua bagagem cultural, como a época, costumes e estilo técnico que influenciam na sua subjetividade e contribuem nas escolhas de representação visual que ele faz.
As frases usadas no catálogo possuem palavras que explicam verbalmente o pensamento obtido através do olhar de quem produziu o desenho, elas contribuem para direcionar o olhar do expectador à ideia que se pretende passar com os