agrupamentos sociais
A noção de agrupamento social apresenta um carácter mais amplo do que a noção de grupo tratada pela Psicologia Social. Os agrupamentos sociais permitem abordar as numerosas redes de indivíduos constituídas ou em constituição nas sociedades (como a família, a classe, a etnia, etc.).
Este aspeto geral da noção de agrupamento é tratado por dois tipos de abordagens distintas. Uma abordagem comparativa, que apresenta a marca do evolucionismo ou do historicismo, interessa-se pela análise da passagem dos agrupamentos considerados "indiferenciados" (como a horda) às organizações complexas das sociedades modernas. Esta perspetiva tende, por vezes, a confundir o agrupamento que resulta da coexistência dos indivíduos com as instituições que regulam esta coexistência.
A outra abordagem centra-se essencialmente na compreensão da natureza das interações e dos seus processos. A corrente interaccionista valoriza o aspeto da troca entre os indivíduos e entre estes e o mundo que os rodeia. A partir destes dois tipos de interação (indivíduos entre si e entre estes e o mundo), temos a distinção entre as relações intragrupais e as relações extragrupais, das quais decorre a distinção entre os grupos de pertença e os grupos de referência. Os grupos de pertença são constituídos em função da idade, do sexo, da categoria socioprofissional, da origem étnica, religiosa, etc.; os grupos de referência são diversos, desde as associações, os partidos políticos, os grupos desportivos, etc.
Com Georges Gurvitch, a noção de agrupamento social (seja um sindicato, um partido político, uma família, uma igreja ou um grupo de localidade) está ligada à determinação dos critérios que permitem diferenciar os grupos: tamanho do grupo, qualidade das relações, intensidade da fusão, distância, duração, continuidade ou descontinuidade dos contactos estabelecidos, grau de unidade, etc. Em função destes critérios, Gurvitch considera que os agrupamentos sociais designam qualquer forma