agronomia
INTRODUÇÃO
Historicamente a avicultura de corte na região Sul do país desenvolveu-
se com base em contratos de parceria realizados entre empresas processadoras e pequenos produtores rurais. Este arranjo institucional, denominado integração, foi construído através de contratos contendo deveres e direitos das partes, segundo os quais cabia aos processadores o fornecimento dos insumos e a assistência técnica, para a engorda dos animais, tendo exclusividade na aquisição dos frangos em peso de abate. Os produtores, por sua vez, tinham a responsabilidade pela construção e manutenção das instalações e equipamentos dos aviários e pelo manejo do processo de criação, comprometendo-se a entregar os frangos para o processador. O pagamento dos lotes era realizado conforme os índices de eficiência do produtor no manejo, seguindo alguns indicadores de eficiência produtiva, como a conversão alimentar e o nível de mortalidade dos frangos. Esses contratos eram celebrados principalmente com pequenos proprietários rurais, que viam a avicultura como mais uma fonte de renda, diversificando as receitas advindas da sua propriedade. A estrutura tecnológica utilizada era simples e de fácil acesso, envolvendo basicamente galpões – aviários, com baixa capacidade de alojamento1. Este modelo de integração foi o grande responsável pelo desenvolvimento do setor no país até a década de oitenta, quando o setor passa por uma grande reestruturação (Rizzi, 1993).
A partir de 1975 o setor começa a estabelecer um vínculo com o mercado externo. Apesar do baixo volume, as exportações foram essenciais para promover uma nova dinâmica de produção no setor, resultando num contínuo processo de reestruturação produtiva, envolvendo a incorporação de inovações tecnológicas, tanto no meio rural quanto na esfera de abate e processamento, novos arranjos organizacionais, e uma escala mais elevada nas unidades criadoras.
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Fernandes & Queiros, 2000.
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Com a instalação de