Agricultura
Algodão, napoleao@cnpa.embrapa.br, UFCG2, UFPB3, oliveira_mip@yahoo.com.br
RESUMO - A maioria das plantas glicófilas, como a mamoneira, necessita de pelo menos 10 % de oxigênio na atmosfera do solo. A planta de mamona apresenta diversas alterações morfológicas e anatômicas quando submetida a estresses hipoxíticos e anoxíticos. Sintomas da falta de oxigênio por compactação do solo impede que a raiz pivotante se desenvolva enquanto uma raiz lateral tem expressivo crescimento, como estratégia para aumentar a absorção do ar. Sem oxigênio, o metabolismo vegetal produz etanol e danifica as membranas celulares e causa a morte das células. Na parte aérea, o estresse anoxítico provoca coloração amarela das folhas, que, depois ficam crestadas e com áreas mortas. O estresse hídrico, tanto por deficiência como excesso reduz a altura das plantas, a fitomassa total, a relação raiz/parte aérea e fotossíntese da planta, bem como o processo respiratório oxidativo, além de alterações no metabolismo da planta. Palavras-chave: Ricinus comunis L., deficiência de oxigênio, ausência de oxigênio, alterações morfológicas e anatômicas INTRODUÇÃO
Entre as plantas oleaginosas cultivadas no Brasil, a mamoneira (Ricinus communis L.) destacase pela rusticidade e boa qualidade de adaptação a condições adversas de clima e solo, pelo rápido crescimento, elevada produção e considerável teor de óleo em suas sementes. A maioria das plantas glicófitas, como a mamoneira, necessita de pelo menos 10 % de oxigênio na atmosfera do solo (ALMEIDA et al. 1992; AZEVEDO; BELTRÃO et al. 2007). Naturalmente, o solo tem baixos teores de oxigênio, decorrente da respiração de raízes, de animais e de microorganismos, e sua difusão é lenta no meio edáfico. Por isso, é comum a ocorrência de deficiência de O2, agravada por fatores geralmente associados à compactação e ao encharcamento do solo (FERNANDES, 2007). As plantas, em condições naturais ou