agricultura famliar
O Brasil passou por uma profunda transformação social e econômica a partir de 1930. A mudança foi influenciada pelo quadro de instabilidade econômica e financeira que o mundo enfrentou com a crise de 1929. O período que se inicia em 1930 é conhecido na historia como o do inicio de expansão da indústria moderna brasileira, sendo que em poucos anos se consolidou um parque industrial respeitável. A agricultura de base familiar tem sido para muitos trabalhadores a principal atividade geradora de trabalho, renda, alimentos e dignidade. Esse tipo de agricultura no Brasil é responsável por mais de 40 % do valor bruto da produção agropecuária e suas cadeias produtivas correspondem a 10,1% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país. No Brasil, a agricultura familiar reúne cerca de 4,2 milhões de estabelecimentos, enquanto na região Sul, de acordo com o relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação e o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (FAO/INCRA) (2000) existem 907.635 estabelecimentos, ocupando uma área de 19,4 milhões de hectares. Essa região, apesar de possuir somente 21,9% dos estabelecimentos familiares no Brasil e ocupar 18% da área total, é responsável por 47,3% do Valor Bruto da Produção da agricultura familiar brasileira.
No Brasil, a agricultura representa 84% dos estabelecimentos rurais e emprega 70% da mão-de-obra no campo. Cerca de 70% do feijão consumido pelo país vem desse tipo de produção rural e quase 40% do VBP Agropecuária são produzidos por agricultores familiares, assim como 84% da mandioca, 58% da produção de suínos, 54% da bovinocultura de leite, 49% do milho e 40% de aves e ovos, quase 70% do feijão.
Na produção de carne bovina, a pequena propriedade rural contribui com 62,3%; a média, com 26,4%; a grande propriedade, com 11,2%. A produção leiteira depende da pecuária familiar em 71,5%. O latifúndio produz apenas 1,9%. As médias respondem por 26,6%.
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