Agricultura comunitaria
Projeto Mandalla
Desenvolvido para viabilizar a produção de alimentos de maneira sustentável na região do semi-árido nordestino, o sistema Mandalla não só vem cumprindo o propósito de garantir o sustento das famílias dos pequenos produtores, como ganha adeptos em outras regiões do país, e está presente também em Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, uma universidade pesquisa e busca difundir a técnica. Em municípios do interior, a tecnologia da Mandalla está à disposição dos agricultores e já começa a beneficiar pequenas comunidades.
[pic]
Imitando o Universo
Mandala, palavra de origem indiana, é um desenho composto por figuras geométricas concêntricas. Do ponto de vista religioso, é uma representação do ser humano e do universo. O sistema Mandalla reproduz a estrutura do Sistema Solar.
No centro (localização equivalente à do Sol, fonte de vida e energia), um reservatório de água com uma planta circular, em forma de funil, cuja capacidade de armazenamento tem que ser proporcional aos diâmetros dos anéis formados à sua volta. O tanque também serve para a criação de peixes, patos e marrecos, que enriquecem organicamente a água do reservatório.
Os primeiros três círculos internos equivalem às órbitas dos planetas Mercúrio, Vênus e Terra, e são denominados Círculos de Melhoria da Qualidade de Vida Ambiental.
Destinam-se ao cultivo de hortaliças e plantas medicinais, atendendo às necessidades de subsistência da família. No primeiro círculo também são criados pequenos animais, como galinhas, cabras, carneiros ou até vacas, cujo esterco aduba o solo. Os cinco anéis seguintes equivalem às órbitas de Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, formando os Círculos da Produtividade Econômica. Esses se destinam a culturas complementares diversas, como milho, feijão verde, abóbora e frutíferas, cuja produção em maior escala permite o excedente para comercialização, gerando renda para o agricultor. O último anel da Mandalla é denominado Círculo