Agregando valor a uma empresa
A questão aparentemente complexa na verdade deveria estar presente no dia a dia de todas empresas, pois como veremos mais adiante, não basta apenas gerar lucro; a empresa também tem de criar valor para seus proprietários.
Olhando para as empresas brasileiras, constatamos que a grande maioria está calcada num modelo de gestão com controle familiar, característica típica de vários países emergentes. Essa característica vem sendo alterada pelo ingresso no país de grupos econômicos com sede em economias mais desenvolvidas e com modelos de gestão que estabelecem compromissos de seu corpo diretivo com a criação de valor para a empresa, substituindo o modelo familiar que premia colaboradores mais por sua lealdade e obediência do que por desempenho financeiro.
Esse modelo de gestão alinha interesses dos gerentes com o dos proprietários, fazendo com que os primeiros busquem em todas as suas ações a geração de valor para os proprietários e estes, por sua vez, a remunerar seus principais executivos pela contribuição de cada um na geração de valor, ou maximização da riqueza dos proprietários.
De tempos em tempos, nos deparamos com novos conceitos em administração e finanças, cuja aplicação nos remete a conceitos já conhecidos, mas que sob nova roupagem, se apresentam como conhecimento técnico moderno, quando na verdade, não passam de conceitos já utilizados, porém reciclados.
É o caso do EVA® – Valor Econômico Agregado. Trata-se de uma medida de desempenho, para mensurar o quanto de valor está sendo criado ou destruído pela empresa. Em síntese, a fórmula é relativamente simples, pois parte do princípio de que o capital empregado no negócio deve ser remunerado, e se o resultado gerado na operação, depois de descontados custos e despesas operacionais, não for superior à expectativa de remuneração do capital investido pelo acionista no negócio, a empresa não vem agregando valor, mas sim destruindo. Na verdade, o