agnus dei
Os hebreus tinham o costume de matar um cordeiro em sacríficio a Deus, para remissão dos pecados. O sacrifício de animais (ou mesmo de pessoas) era frequente entre vários grupos étnicos, em várias partes do mundo. Na Bíblia é referido, por exemplo, o caso de Abraão que, para provar a sua fé em Deus teria de sacrificar o seu único filho, imolando-o e queimando-o numa pira de lenha, como era costume para os sacrifícios de animais - o relato bíblico refere, contudo, que Deus não permitiu tal execução. A morte de Jesus Cristo, considerado pelos cristãos como filho unigênito de Deus, tornaria estes sacrifícios desnecessários, já que sendo considerado perfeito, não tendo pecado e tendo nascido de uma virgem por graça do Espírito Santo, semelhante a Adão antes do pecado original, seria o sacrifício supremo, interpretado como o maior ato de amor de Deus para com a humanidade.
A interpretação desta expressão varia, contudo, consoante as doutrinas.
Objeto de devoção[editar]
Agnus Dei pode ser considerado também uma pequena peça, geralmente em metal dourado ou prateado, que costuma ser usada por católicos como sinal da proteção divina.
Rito litúrgico[editar]
Na liturgia católica e anglicana o Agnus Dei é recitado ou cantado durante o início a fração do pão eucarístico. Introduzida na missa pelo Papa Sérgio I (687-701) e baseada em João 1: 29, a forma latina (com tradução) é:
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis. Agnus Dei, qui tollis peccata