Agentes de pulpotomia
Departamento de Medicina Dentária, Estomatologia e Cirurgia Maxilo-Facial
Novos agentes de pulpotomia em dentição temporária: a era pós-formocresol
Seminário de Odontopediatria
Coimbra, 30 Outubro 2012
Olavo Guerreiro Viegas
Teresa Joana Duarte
Objectivo
Compreender as vantagens e desvantagens dos vários agentes de pulpotomia usados actualmente em pulpotomias de dentes decíduos através da análise da literatura disponível.
Introdução
Um dos principais objectivos em Odontopediatria é manter a dentição decídua num estado saudável até à erupção dos dentes permanentes. 1 A dentição decídua é essencial para a manutenção do perimetro da arcada dentária, função mastigatória, fala e estética e para a prevenção de hábitos orais parafuncionais. Cáries, traumatismos pulpares e procedimentos clínicos podem conduzir à exposição da polpa saudável e, consequentemente, à perda da vitalidade. Contudo, tal não significa que o dente necessite de ser extraído; este pode ser mantido na cavidade oral, em função, com os tratamentos adequados. Entre estes encontram-se as protecções pulpares directa e indirecta, a pulpotomia, a pulpectomia e a apexificação. 2
A pulpotomia é o procedimento clínico efectuado num dente com lesão de cárie profunda adjacente à polpa, em que, para preservar a vitalidade da polpa radicular, é amputada a polpa camaral (coronária). 3, 4 O objectivo deste tratamento é erradicar a infecção bacteriana para obter um estado clínico assintomático do dente tratado até à sua exfoliação. 3, 4
Os diversos agentes terapêuticos e procedimentos descritos na literatura foram classificados por Ranly, em 1994, 5 de acordo com os objectivos do tratamento: l Desvitalização – utilização de fármacos ou outros métodos que fazem com que a polpa presente no sistema canalar se torne não vital e não funcional (formocresol, glutaraldeído); l Preservação – as