Agente funerario
Bruna Janaína, Laianne Barreto, Silvana Deodato, Valtércio Ferreira e Virgilio Pontes.
Orientador: Fabianno Lyra.
Semestre VI
O Cuidado presente com a vida ausente: Uma análise do cotidiano de trabalho de agentes funerários.
Caso agente funerário
Paulo é um agente funerário e trabalha na funerária Pé na Cova há dezoito anos, trabalha um dia e folga outro. É casado e tem dois filhos. Paulo tinha quinze anos quando foi informado por um amigo que trabalhava na mesma funerária que havia uma vaga de emprego, devido as condições que se encontrava e a vontade de começar a trabalhar cedo, não pensou duas vezes e aceitou o emprego. Ele diz que trabalha somente pelo dinheiro e que não se sente motivado, visto que para ele não existe fatores positivos na sua profissão: “quem é que sente prazer em trabalhar com a morte?” Paulo realiza tarefas referentes a organização da funerária até o embelezamento de cadáveres aplicando cosméticos específicos. Trabalha em ambiente fechado, o que incomoda bastante por conta do mau cheiro de alguns cadáveres, sendo exposto a produtos químicos e bactérias e tendo que fazer muito esforço para carregar caixões pesados a todo o momento. Paulo diz também que no inicio tinha medo de executar sua função por conta do contato com cadáveres e que os amigos até apelidavam de “papa defunto”, o que o deixava muito irritado. Paulo diz ainda sofrer por conta desse contato constante com os clientes que perdem seus entes queridos e com as suas próprias dores estampadas nas muitas histórias que passam a compor seu cotidiano. Se sente reconhecido pelos patrões e que eles estão a disposição para o que precisar, mas não se sente valorizado pela sociedade, que por mais que faça um trabalho muito bem feito, sempre há criticas e alguns clientes acabam o tratando mal: “Na verdade somos muito discriminado, todo mundo discrimina a gente entendeu, como que a gente é uma rema de urubus, meus amigos dizem que não tem coragem de