Afundamento do Império e Indefinição Nacional (séc. XVI)
Portanto, este fator por si só não constituía problema na manutenção do império: era mais importante que houvesse uma forte autoridade régia para governar de um modo eficiente, sem perturbações internas e que facultasse uma coesão do país para ser possível haver uma combinação de esforços aplicados no projeto da expansão.
Até meados do século XVI, o Império Português não exigia um forte poder armado ou militar, nem havia graves problemas de mão de obra. Os cerca de 40 mil portugueses ultramarinos pareciam ser suficientes para tomar conta dos domínios ultramarinos, e se uma importante percentagem de jovens empreendedores deixou a pátria, esse número não é de todo comparável ao número de emigrantes da época contemporânea.
O que faltava no Império Português era mão de obra especializada para ocupar postos de chefia nas armadas, nas missões e no governo das colónias. Esta lacuna tornou-se perigosa na segunda metade do século XVI. Agora, mais do que nunca, faziam falta funcionários de Estado altamente qualificados para responder aos novos desafios postos aos portugueses. Desde o início da expansão, Portugal teve necessidade de chamar pessoal do exterior, quando, simultaneamente, saíam muitos portugueses para o estrangeiro, movidos por problemas de ordem religiosa, económica e até pessoal. Por exemplo, Fernão de Magalhães, João Fernandes Cabrilho e João Dias de Solis foram servir o rei de Espanha, bem como muitos