Afrocentricidade como Paradigma Libertador
O presente trabalho aborda sobre as indagações filosóficas que retratam sobre o momento africano, no que diz respeito a busca e afirmação da africanidade em detrimento da imposição eurocêntrica nas sociedades remotas e actuais. No entanto em jeito de questão possui o seguinte tema: Pode se considerar o Afrocentrismo como paradigma libertador e alternativo ao Eurocentrismo? Este trabalho pretende responder essa questão, não obstante responder ao seguinte questionamento: O que é Afrocentrismo? Ate que ponto o Afrocentrismo constitui um paradigma? Qual é o seu fundamento ideológico? O que o Afrocentrismo pretende reivindicar? Filosoficamente é legitimo afirmar o paradigma afrocêntrico como um elemento libertador e alternativo? O que pode se considerar de substrato epistemológico no Afrocentrismo?
A presente indagação basear-se-á essencialmente em Mucale para responder as questões acima citadas, porém chamará Castiano para auxiliar no seu processo de dar respostas ao questionamento. O presente trabalho alberga como objectivo geral o esclarecimento das dúvidas que ofuscam as sociedades, sobretudo a comunidade académica quando ouvem falar do Afrocentrismo como sendo um movimento ou corrente filosófica de defesa dos valores africanos em geral, não obstante o mesmo trabalho visa fundamentalmente em identificar, definir, esclarecer, questionar e criticar a imposição eurocêntrica nas sociedades, por conseguinte consolidar e/ou afirmar o Afrocentrismo como paradigma libertador e alternativo de interpretação da história da humanidade.
Importa referir que tanto Mucale e Castiano para darem suas respostas no que tange a essa problemática recorrem a muitos dos conceituados afrocentristas ( Asante e Anta Diop) respectivamente para dar sustentabilidade aos seus posicionamentos. Para ambos autores (Mucale e Castiano), a Afrocentricidade é um conjunto de princípios, regras, teorias que preconizam o esclarecimento da realidade ao modelo ou método africano, coloca-os