Africa
A segregação racial na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas a apartheid foi introduzida como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais (“negros”, “brancos”, “de cor (mestiços)”, e “indianos”). Estes grupos foram divididos em mais de treze “nações” ou federações raciais. Os brancos abrangiam todos os falantes de inglês ou africânder; a população negra foi dividida em dez grupos lingüísticos.
No regime da apartheid o governo era controlado pelos brancos de origem européia (holandeses e ingleses), que criavam leis e governavam apenas para os interesses dos brancos. Aos negros eram impostas várias leis, regras e sistemas de controles sociais.
A apartheid trouxe violência e um significativo movimento de resistência interna, bem como um longo embargo comercial contra a África do Sul. Houve uma série de revoltas populares e protestos causaram o banimento da oposição e a detenção de líderes antiapartheid. Conforme a desordem se espalhava e se tornava mais violenta, as organizações estatais respondiam com o aumento da repressão e da violência.
A discriminação racial há muito tempo uma realidade na sociedade sul-africana, havia sido elevada à condição de filosofia. Uma sociedade conhecida como Broederbond (“Irmandade”) congregava os “solucionadores de problemas” que elaboraram a doutrina da apartheid. Tal doutrina foi definida da seguinte maneira no manifesto eleitoral do Partido Nacional:
‘’A política da segregação racial se baseia nos princípios cristãos do que é justo e razoável. Seu objetivo é a manutenção e a proteção da população européia do país como uma raça branca pura e a manutenção e a proteção dos grupos raciais