africa
«Capitalismo popular», «capitalismo esclarecido», «paz entre as classes», «harmonia social», tudo isso corresponde a tentativas falaciosas e burguesas de alienar as massas. Alguns sugerem uma via «não capitalista» seguida de uma «união das forças progressistas»; ora um tal sistema não pode convir à África dos tempos modernos. Porque os Estados africanos não podem escolher entre uma ou outra destas possibilidades: regressar à dominação imperialista pelo capitalismo e neocolonialismo, ou adoptar os princípios do socialismo científico. Seria falso pretender que a instauração de um regime socialista não é possível nos países pouco industrializados, onde um proletariado forte é ainda pouco numeroso. A história provou que um proletariado relativamente pouco numeroso, bem organizado e dirigido, pode levar as massas camponesas a tomar consciência e a fazer rebentar uma revolução. Numa situação neocolonialista, não pode haver compromissos; apenas o socialismo pode pôr fim à exploração capitalista-imperialista.
O socialismo só será realizado através da luta de classes. Em África, o inimigo interno, que é a burguesia reaccionária, deve ser desmascarado: trata-se de uma classe de exploradores, de parasitas e de colaboradores de imperialistas e neocolonialistas, dos quais depende a manutenção das suas posições privilegiadas. A burguesia africana é essencial à continuidade da dominação e da exploração imperialista e neocolonialista. Perante a necessidade da sua eliminação, um partido