africa
Filosofia de raiz africana como um pensamento da complementaridade
Luis Carlos Ferreira dos Santos1
E-mail: lcarlosfsantos@hotmail.com
O objetivo do texto que se segue é fazer um pequeno esboço do que seria a filosofia de raiz africana e esta como um pensamento da complementaridade. A filosofia é entendida como uma produção de conhecimento pertencente a seu território. E em vista desse fato pretende-se com este texto apresentar uma filosofia originada da terra, um pensamento fundamentado dentro de uma tradição. Para isso é apresentado a base dessa filosofia, isto é, a tradição oral. Esta dinamiza a tradição nas narrações dos mais velhos da comunidade. Com isso, surge outro elemento estruturador desse modo de fazer essa filosofia, que é o princípio da ancianidade. O ancião narra os fatos e a nova tradição que toma conhecimento elabora dentro da sua perspectiva. Portanto, se percebe a dinâmica, o movimento, a ação e a complementaridade desse modo de criar caminhos, ou seja, de fazer filosofia.
As construções filosóficas dos povos africanos incluem cânticos, narrativas históricas dos seus antepassados, provérbios, mitos. E esses elementos são narrados dentro da tradição oral, uma característica própria dos povos africanos. Vale ressaltar que a leitura que esse texto pretende fazer acerca da re-construção filosófica desses povos é anterior as intervenções euro-asiáticas.
Outro ponto de relevância que se faz necessário ressaltar é acerca da generalização, que pode vir parecer no texto, quando este fala em povos ou tradição africana. Pois ao falar em povos africanos, este se remete mais especificamente as civilizações do Benin (Jeje), Banto (Congo), Nigéria (Yorubá).
A tradição oral é a responsável pela estrutura política, ética, estética, filosófica, religiosa de determinado local, isto é, de toda formação cultural dos