africa do sul
A tradição dominante em nossas historiografias conduziu os melhores espíritos a uma espécie de “historia oficial” singularmente desprendida de intenções interpretativas e, em particular, muito sujeita a converter os atos declarados e as aspirações ideais conscientes dos agentes históricos em realidade histórica última, tão irredutível quão verdadeira em si mesma. A relação a esse padrão deficiente e deformado de descrição histórica é recente e ainda não conseguiu criar uma perspectiva de interpretação histórica livre de etnocentrismos, criticamente objetiva e aberta a certas categorias analíticas fundamentais. Por isso, aí reina uma confusão conceitual e metodológica prejudicial a qualquer tentativa de investigação macrossociológica. (Florestan Fernandes, A revolução burguesa no Brasil, in Intérpretes do Brasil, vol. 3, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, p. 1.509)
a) Os melhores espíritos, sem intenções interpretativas, convertem as aspirações ideais em realidade histórica irredutível. A reação à descrição histórica não conseguiu livrar-se do etnocentrismo nem do prejuízo a qualquer investigação macrossociológica.
b) A tradição em nossa historiografia preferiu adotar a “historia oficial” como realidade histórica. A reação a essa descrição equivocada é recente e ainda não conseguiu criar uma perspectiva mais objetiva, livre de etnocentrismo e teoricamente aberta. Por isso, predomina aí a confusão conceitual e metodológica que prejudica a investigação macrossociológica.
c) A historiografia tradicional conduziu as descrições históricas a uma verdade irredutível. Esse padrão deficiente e deformado é recente e ainda não mudou a perspectiva das categorias analíticas. Assim, a confusão conceitual e metodológica tenta uma investigação macrossociológica.
d) A tradição historiográfica desprendeu-se de intenções interpretativas e converteu os agentes históricos em verdade