afogamento
Perfil do afogamento
O
trauma, diferentemente de outras doenças, ocorre inesperadamente na grande maioria das vezes, o que gera, invariavelmente, uma situação caótica dentro do âmbito familiar. Dentre os diferentes tipos de traumas o de maior impacto é, sem dúvida, o afogamento. Situações de catástrofe familiar podem ser observadas quando famílias inteiras se afogam juntas, por desconhecimento, ou pela tentativa infrutífera de salvar uns aos outros. A perda que ocorre de forma inesperada é sempre um desastre emocional familiar, que ainda se torna pior por se tratar de uma pessoa jovem com uma grande expectativa de vida que estava ainda por vir. A sociedade concorda com a afirmação: “ filhos jamais deveriam morrer antes dos pais, pois a dor é insuportável”.
De acordo com o autor Park Dietz e outros, a cada ano, mais de 490 mil (8,4 óbitos/100 mil habitantes) pessoas são vítimas fatais de afogamento em todo mundo. Entretanto, estes números são muito subestimados, pois muitos casos não são notificados, principalmente em países em desenvolvimento.
Já, segundo o autor Lucian K. DeNicola e outros, em crianças de 1 a 4 anos o afogamento é a segunda causa externa de morte nos Estados Unidos e África do Sul e a primeira na Austrália. De acordo com a Organização Mundial da
Saúde, na China é a primeira causa na faixa entre 1 e 14 anos, onde 130 mil pessoas morrem afogadas anualmente.
Os afogamentos em água doce são mais frequentes em crianças, principalDavid Szpilman – médico, especialista em afogamento e terapia intensiva, chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Municipal Miguel Couto. É médico da reserva do
Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de
Janeiro, onde foi chefe do centro de recuperação de afogados por 12 anos, membro da Câmara Técnica de Medicina
Desportiva do CREMERJ, membro do
Conselho Médico da Federação Internacional de Salvamento Aquático, sóciofundador, ex-presidente e atual diretor médico da Sobrasa