Afecções neoplasicas
A neoplasia, de um modo geral, é considerada uma das mais temidas doenças crônico-degenerativas, mesmo sendo a única a apresentar uma possibilidade de cura quando diagnosticada precocemente e interrompida em uma de suas fases. Como outra doença crônico-degenerativa, envolve múltiplos fatores de risco, entre eles os ambientais, o estilo de vida e os genéticos. De acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 75% das neoplasias ocorrem em indivíduos com mais de 60 anos. O aumento da expectativa de vida não só eleva a exposição do indivíduo aos fatores de risco presentes no meio ambiente e o tempo dessa exposição, como também o envelhecimento oferece a oportunidade do surgimento de neoplasias genéticas, que só apareceriam tardiamente(1).
Entre as afecções neoplásicas hematológicas, incluem-se, mais comumente, as leucemias, os linfomas, o mieloma múltiplo e, em menor freqüência, a macroglobulinemia de Waldesnströn(3). Estudos mostram que a ocorrência de tais afecções tem crescido com o passar das décadas e mais freqüentemente associada com a idade(4-5).
Com relação ao diagnóstico da neoplasia na velhice, alguns autores chamam a atenção para o grande número de idosos que recebem o diagnóstico tardiamente, e para a dificuldade do tratamento(6-8). Tais limitações, muitas vezes, são decorrentes do desconhecimento dos profissionais ou da não valorização das queixas dos pacientes dessa faixa etária. Acresce-se a esse quadro a escassez de estudos e