advecção
PARTICULADO EM SUSPENSÃO NA BAÍA DE PARANAGUÁ E EM SUA
BACIA DE DRENAGEM
ALESSANDRA MANTOVANELLI
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO – Programa de Pós-Graduação em Geologia – UFPR
DATA DE DEFESA: 2 ago. 1999
A dinâmica hídrica e do material particulado em suspensão (MPS) e suas principais funções motrizes (maré e aporte de água doce) foram analisadas nas baías de
Antonina e Paranaguá. Utilizaram-se dados de 8 monitoramentos efetuados numa seção transversal, durante ciclos semidiurnos de maré e de 20 perfis longitudinais de medição ao longo destas baías, realizados em diferentes estágios do ciclo maré (estofa, enchente, vazante). Estas medições incluem ciclos de sizígia e quadratura, em condições de reduzido (inverno) e elevado aporte de água doce
(verão). Paralelamente, quantificaram-se o aporte de água doce e a carga MPS dos principais rios da bacia de drenagem deste sistema estuarino. Os aportes médios de água doce e MPS provenientes da drenagem continental foram cerca de 4 vezes superiores durante o verão, em função do maior excedente hídrico (~3,5 vezes) e potencial de erosividade pela chuva (~8 vezes), observados neste período em relação ao inverno. A maior parte da carga de MPS
(50-80%) foi introduzida no sistema em curtos períodos de tempo (5-11%). A variação sazonal do aporte de água doce exerceu forte controle na salinidade média, no posicionamento do limite de intrusão de sal e na magnitude de estratificação vertical de salinidade ao longo das baías de Antonina e Paranaguá . Entretanto, o gradiente horizontal médio de salinidade foi próximo nos dois períodos (inverno e verão), sofrendo uma intensificação na baía de Antonina, sujeita a uma maior influência da descarga continental. As correntes, a estratificação de salinidade e as concentrações de MPS apresentaram uma acentuada variação entre os ciclos de sizígias e de quadraturas. O grau de mistura ou estratificação vertical foi