Adoro
Para Thomas Hobbes, no Estado de Natureza os indivíduos viviam isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos. Na natureza as três causas principais de discórdia são: competição, desconfiança e reputação. De acordo com Hobbes, o homem reconhece a necessidade de “renunciar a seu direito a todas as coisas, contentando-se, em relação aos outros, com a mesma liberdade que aos outros homens permite em relação a si mesmo”. A nova ordem é celebrada por um contrato, pelo qual todos os homens abdicam de sua vontade em favor de “um homem ou de uma assembléia de homens”. Segundo o filósofo, é o medo de perder a vida e o desejo de paz que faz com que os homens se reúnam em uma multidão fazendo surgir a sociedade celebrada pelo pacto. ”Uma pessoa de cujos atos uma grande multidão mediante pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada um como autora...” Essa pessoa é o soberano que pode ser tanto um rei como um grupo de aristocratas ou uma assembléia de representantes, pois o que importa é a soberania, que pertence de modo absoluto ao Estado, que pertence de modo absoluto ao Estado, seja exercida no intuito de garantir e definir a propriedade privada, obrigando a todos os governados a respeitarem os direitos naturais intransferíveis da vida e da paz. A transmissão do poder dos indivíduos ao soberano deve ser total, caso contrário, com um pouco que seja conservado da liberdade natural do homem, novamente, instaura-se o estado de guerra. O poder soberano deve ser não só ilimitado como também indivisível.
JOHN LOCKE
Para John Locke, todos os homens são, por natureza, livres, iguais e independentes, logo, “ninguém pode ser expulsos de suas terras e submetido ao poder político de um outro sem dar consentimento”. O pensador não vê o homem no estado de natureza numa situação de guerra e egoísmo, como entendia Hobbes. Portanto, as inclinações e paixões humanas no Estado Natural levam os homens a serem juizes de causa própria,