Sobre o casamento, como no caso dos animais, se deveria empregar o cruzamento dos melhores homens com as melhores mulheres o maior número de vezes, enquanto que com os piores, o menor. Além de homens e mulheres só poderem procriar em certa idade da vida em que estão no seu melhor. Porém, tudo deveria ser zelado de perto pelos governantes para que a cidade não ficasse nem muito populosa, nem pouco, contando com guerras e pestes.[3] Posteriormente, consideram qual seria o maior mal e o maior bem para a cidade. Logo chegam à união, como maior bem e à desunião como mal, indo de acordo com a moderação e a harmonia, que fazem a cidade ser boa. Desta maneira, para a cidade ser mais unida é preciso que ela esteja de acordo no sentido das expressões “meu” e “não é meu”. A cidade deve ser feliz em conjunto e sofrer em conjunto, pois não se deve numa cidade justa se compartilhar apenas os bens, mas os sentimentos. E à alma justa apenas o corpo individual lhe pertenceria, levando assim todos à perfeita paz e à felicidade. Sobre os guardiões, as crianças deveriam ser levadas ao campo de batalha para aprender e observar desde cedo. E um código de honra deveria ser posto em uso para não escravizar um outro grego de outra cidade, nem tomar suas armas e suas casas. Porém, “tudo isso seria realizável?”, se perguntam os interlocutores de Sócrates. E Sócrates diz que não é esta a questão, mas sim que ao construírem uma cidade perfeita, ainda que não