Adorno
Hoje vamos receber o ilustre filósofo Theodor Adorno, que vai conversar conosco sobre a Indústria Cultural, um assunto que trás a tona a manipulação social através das mídias sociais. Seja bem vindo Adorno.
Dyego: Boa noite!
Vanesa: Boa noite, para inicio de conversa você pode nos contar mais sobre a Indústria Cultural?
Dyego: Para simplificar, a Indústria Cultural é um sistema onde tudo se torna negócio, onde seus fins comerciais são realizados através de exploração de bens considerados culturais. O homem acaba se tornando um instrumento de trabalho e de consumo, se torna um objeto. A manipulação é tão grande que até o lazer se torna extensão do trabalho.
Vanesa: Interessante! Então podemos afirmar que o homem manipulado acaba deixando de pensar por si próprio?
Dyego: Exatamente! A Indústria Cultural prepara as mentes para um esquematismo que é oferecido pela indústria da cultura – que aparece para os seus usuários como um “conselho de quem entende”. O consumidor não precisa se dar ao trabalho de pensar, é só escolher.
Vanesa: O que podemos usar como exemplo, nesse caso?
Dyego: Um ótimo exemplo é o cinema, que antes servia como meio de lazer, porém se tornou um ótimo meio de manipulação.
Vanesa: Bem, e será que haveria um meio de fugir de toda essa manipulação?
Dyego: Claro que sim, a saída está na própria cultura do homem: a limitação do sistema e a estética. A arte é que liberta o homem da manipulação e o torna um ser autônomo. Enquanto para a Indústria Cultural o homem é mero objeto de trabalho e consumo, na arte é um ser livre para pensar, sentir e agir.
Vanesa: Porém é preciso que essa ideia chegue à consciência de todos.
Dyego: Exato!
Vanesa: Adorno, muito abrigado pela sua participação, até a próxima!
Dyego: Até a