Adoração e Sacrifício
Por Peter Davids
Para entendermos a relação entre adoração e sacrifício na nova Aliança com Deus precisamos primeiro entender como elas se relacionavam na velha Aliança. O antigo pacto se inicia com a consciência de que as pessoas eram escolhidas por Deus e eram salvas coletivamente. Para a primeira geração, isso foi experimentado pessoalmente através da libertação do Egito. Para as gerações seguintes, isso aconteceu ao desfrutarem os benefícios dessa libertação, como a libertação dos inimigos, pragas etc. A adoração era o chamado para ser submisso e para honrar esse Deus que já havia escolhido e redimido o povo.
Os sacrifícios podem ser divididos em três categorias básicas:
A primeira categoria nos remete á lembrança do pacto que Deus havia feito com o povo - ofertas queimadas diariamente, oferecidas coletivamente, e a Páscoa, oferecida individualmente.
A segunda categoria era a que removia a contaminação do povo e os capacitava a se aproximar de Deus - também conhecidas como oferta de sacrifício pelos pecados e transgressões, embora a definição de pecado seja diferente daquela que temos hoje.
E a terceira categoria eram as ofertas de ação de graças e gratidão que eram oferecidas depois que alguém se aproximava de Deus - chamadas também de ofertas pacíficas, de votos ou das primícias.
Estas últimas ofertas - e de uma certa maneira também a Páscoa - sempre terminavam com o ofertante sentado junto com sua família na presença de Deus desfrutando de uma refeição. Em outras palavras, a gordura era queimada e o adorador comia o restante da oferta na presença de Deus. Num mundo onde comer carne era algo raro para a maioria das pessoas, essa refeição era considerada umas das melhores refeição - provavelmente do ano todo para aqueles que raramente podiam ofertar. Para que a refeição fosse feita de modo adequado, o ofertante convidava seus amigos, parentes e os pobres para comerem juntos.
Na nova Aliança nós temos uma mudança, embora pequena. Aqui