ADMISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR SONDA
Administração de medicamentos por sonda
Rogério Hoefler e Júlia Souza Vidal
Introdução A nutrição enteral (NE) está indicada em pacientes desnutridos e com o trato gastrintestinal funcionante associado à baixa ingestão oral, desde que o acesso enteral possa ser obtido com segurança.1 Proporcionar adequada administração de medicamentos a pacientes impossibilitados de deglutir e submetidos à NE é um verdadeiro desafio para os profissionais de saúde. Um estudo que envolveu enfermeiros e auxiliares de enfermagem de unidades de cuidado intensivo mostrou as dificuldades destes profissionais em administrar medicamentos a pacientes submetidos à NE.2 Quando se requer a administração de um medicamento por via oral em paciente com sonda de NE, alguns aspectos devem ser previamente avaliados pelo farmacêutico, como: possibilidade de substituição do medicamento (forma farmacêutica, via de administração ou fármaco alternativo), sítio de absorção e de ação do fármaco, efeitos da NE na absorção deste, bem como o tipo de sonda e sua localização no trato gastrintestinal (TGI).3 Dúvidas sobre a administração de medicamentos por sondas sugerem relevância do tema e necessidade de orientação adequada aos profissionais envolvidos nesta prática.
Considerações sobre os medicamentos Geralmente, os medicamentos não críticos, ou cuja interrupção por curto prazo não provoque dano significativo à saúde do paciente (ex.: hipolipemiantes e hormônios de reposição) podem ser suspensos até que a via oral seja restabelecida.3,4 Para os medicamentos criticamente necessários ao paciente, a conduta mais racional consiste em buscar uma via alternativa para sua administração, diferente da empregada na NE (ex.: inalante, retal, transdérmica, sublingual e parenterais).3,4 Quando o medicamento não estiver disponível em forma farmacêutica adequada para administração por uma das vias alternativas, sugere-se a substituição