Práticas da Religião
O trabalho proposto para esse estudo parte da fala de nosso dirigente apresentada na abertura da última sessão de cirurgia espiritual. Nesse momento é colocada por ele uma provocação para nos levar a pensar como nos consideramos frente a nossa religião, “ser espírita” ou “praticar o espiritismo”.
2. Ser Praticante
Para melhor apreciação desse tema se faz importante entender a diferença entre “ser” e “praticar”. De acordo com o dicionário de língua portuguesa:
• Ser: 1 serve para afirmar no sujeito um atributo, uma qualidade que lhe é inerente e natural. 2 Pertencer. 3 Ser formado; ter a natureza de. 4 Personalidade; a maneira de ser do indivíduo, seu temperamento.
• Praticar: v.t. Cometer, realizar. 1 Pôr em prática, aplicar regras teóricas de uma arte ou de uma ciência; exercer; exercitar. 2 Ir adquirindo prática. 3 Pregar, ensinar por meio de práticas ou conversas educativas: o vigário praticava-lhes diariamente a doutrina cristã. 4 Ler, conhecer bem, ter trato frequente com.
Nesse sentido já podemos ter mais clareza na ideia de cada uma dessas palavras. Contextualizando com o tema podemos entender que o “ser” tem haver então com a opção religiosa que faço, essa é a forma como me qualifico, como me declaro, e assim está relacionado com aspectos de minha personalidade que me levam a essa escolha, com aspectos da religião que me identifico, e quando assim me declaro indica que é a essa doutrina religiosa que pertenço. Ao examinarmos a palavra “praticar”, percebemos que implica em exercer aquilo que acredito, por em prática, exercitar. A partir das palavras “exercitar”, “ir adquirindo prática”, podemos entender que “praticar” indica uma postura ativa de nossa parte, numa necessidade de estarmos implicados em querer agir de tal forma.
A ideia que aqui será proposta é a de que a passagem do “ser” para “praticar” é um processo que se dá ao longo de nossa jornada. Não praticamos aquilo que não somos, ou seja, o inicio de tudo se dá em nos