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Um grave problema da Psicanálise com crianças é buscar dela, por meio da sua fala, a sua palavra. Ocorre que quase que na sua totalidade sua fala se encontra agregada as concepções que pais, professores e especialistas fazem dela. Ocorre que há uma transferência da sua fala pela dos adultos. Para a psicanálise é essencial que a palavra e o brincar sejam buscados em toda a sua autenticidade. Para isso é necessário primeiramente o entendimento principalmente por parte dos pais que a infantilidade vai além de uma concepção cronológica e que ser infantil é muito mais do que etapas de desenvolvimento. Também não se pode pautar o crescimento infantil como um processo linear e único, tampouco reduzir a sexualidade como uma situação de desenvolvimento físico. A partir daí a Psicanálise vai contra as formas em que são estabelecidas como crianças, pois são todas formas estabelecidas pelos próprios adultos. Baseado nisso tem-se a necessidade de dar palavra a própria criança. Por isso a Psicanálise privilegia a noção de estrutura em vez a do desenvolvimento, pois ela da a oportunidade de buscar a criança de uma forma mais exata, sem transforma-la em uma peça de jogos de encaixe das teorias. As crianças são mal interpretadas pelos adultos acreditando que a idealização que eles fazem da criança é a própria criança, acreditando que são a principal referencia da criança numa situação totalmente narcisista. Por isso emerge a grande necessidade de resgatar a palavra da criança, para que ela saia dessa transferência feita pelos adultos, e haja uma investigação melhor de como ela pensa, sente e percebe o mundo a sua volta Uma das formas de resgatar essa comunicação das crianças é o brinquedo e o brincar. Com o brincar por exemplo há a possibilidade de fazer com que a criança supere situações de traumas. Essa transferência revela o laço social que se formou no ambiente familiar da criança,