Administração
Ouve-se por aí, dito dos administradores: "Administrar é uma arte!" Uma busca no dicionário, embora traga um nível de elucidação sobre esta arte, traz também a possibilidade de deturpação desta arte de administrar, pois o emprego desta palavra é muito amplo, como nestes exemplos: Arte abstrata. Arte concreta. Arte culinária. Arte de vanguarda. Arte dramática. Arte mágica. Arte moderna. Arte plumária. Arte publicitária. Arte rupestre. Artes aplicadas. Artes de reprodução. Artes do espetáculo. Artes gráficas. Artes liberais. Artes mecânicas. Artes plásticas. A sétima arte. Por artes de berliques e berloques. Por artes do Diabo. Fazer arte de. ... E, se destas amplas significações, o dito administrador, ao proferir que "Administrar é uma arte!" esteja, "Por artes do Diabo", explicitando que administrar é somente uma arte e que esta arte é possível "Por artes de berliques e berloques"?
E quem é que faz arte? Entre muitos, cabe destaque aos principais: os artistas e os falsificadores. E quem é que se dispõe a avaliar este tipo de arte? De início são os críticos e, na seqüência - embalados nas ondas do que disseram os críticos -, os espectadores. Mas, também, os adultos dizem que as crianças fazem "arte" e as crianças expectam a "arte" dos adultos. E, afinal, administrar é termo cuja correlação é mais próxima com a arte ou com a ciência? São os prolegômenos da administração que podem funcionar como instrumentos de aferição destas distâncias.
E por que, neste espaço, alguém vem articular alguns conceitos? É, tão somente, porque este espaço também está inserido no campo da ação administrativa. Então, desta forma - nesta delimitação -, o que se escreve aqui não tem seu valor fora deste campo, do campo da cientificidade na ação administrativa? Não é possível não falar que o que é falado neste espaço tenha seu valor fora do campo da cientificidade na ação administrativa mas, "neste mundo cheio de ilusões", se podemos nos ater ao âmbito