Administração

A Importância da Qualidade
Discutir qualidade em um país que já se acostumou a jogar pela janela bilhões de dólares costuma causar espanto. Para aquelas pessoas que duvidam de tudo, ou simplesmente, são preconceituosas, ser eficiente por meio de novas e modernas técnicas de gerenciamento é "coisa de japonês", que não tem nada a ver com a realidade brasileira.
Como pensar em qualidade se o que está em jogo neste momento é o sucateamento da indústria ou das pequenas empresas, prestação de serviços sem recolhimento de impostos ou tributos trabalhistas? Antes de tudo, trata-se de preservar os dedos das mãos porque os anéis já se foram. O fim do protecionismo econômico e a globalização dos negócios destruiu o núcleo competitivo de boa parte das companhias. Os executivos e donos de empresas tradicionais, acostumados a navegar em águas seguras, são abruptamente lançados ao mar. E o mesmo acontece com as empresas. Os próprios produtos ou serviços comercializados, os procedimentos e as formas organizacionais que as levaram ao sucesso no passado, muitas vezes, tornam-se a sua ruína. Na verdade, a primeira regra da sobrevivência é bem clara: nada é mais perigoso do que o sucesso de ontem.
Executivos e donos de empresas nunca se viram desafiados por uma situação como a atual, em meio ainda ao fogo cruzado da concorrência do produto estrangeiro, do baixo poder aquisitivo da população e agora amparada por um código de defesa dos seus direitos.
Ao contrário do que se pensa aqueles ainda acostumados ao sistema de indexação, que permitia repasses automáticos aos preços finais, a qualidade passou a ser vital para a sobrevivência das empresas e, como tal, deve ser tratada como elemento estratégico na guerra pela conquista e manutenção do mercado. Enfim, qualidade não se resume apenas às partes boas, ou más de um determinado produto ou serviço. É fundamental, a percepção que o cliente faz dele como um todo.
Uma empresa pode triplicar o volume de negócios, sem adicionar novos