Administração
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Desde os mais remotos tempos, os seres humanos tem-se agrupado em diferentes tipos de sistemas sociais para resolverem seus problemas e garantirem a perpetuação da sua espécie. Uma das possíveis classificações de tais sistemas sociais podem ser feita a partir do seu grau de organização interna. Motta e Pereira (1986) sugerem que estes sistemas sociais podem ser de três tipos: (1) inorganizados, (2) semi-organizados, e (3) organizados. Nas sociedades modernas, sejam elas capitalistas ou socialistas, um tipo especial de sistema social organizado vem se destacando: a organização burocrática. As burocracias são um fenômeno antigo, mas modernamente se tornaram um fator social dominante. A unidade básica do sistema de produção da antiguidade era a família; hoje passou a ser a empresa burocrática. Praticamente todos os aspectos da vida humana no mundo atual se relacionam de alguma forma com estas organizações formais. Do instante em que nasce, até sua morte, o ser humano, quando não está oficialmente ligado à uma burocracia, certamente faz uso de algum produto ou serviço realizado por este tipo de sistema social.
As organizações são indiscutivelmente o tipo de sistema social predominante das sociedades industriais. Enquanto que no passado a sociedade era constituída por um sem-número de pequenos sistemas sociais desorganizados, hoje são as organizações — e organizações cada vez maiores e melhor estruturadas — que dominam o panorama social contemporâneo. Enquanto que num passado não muito remoto eram a família, a tribo, o clã, o feudo, a pequena empresa familiar de caráter agrário, artesanal, ou eventualmente comercial, os sistemas sociais dominantes, no mundo moderno apenas a família, embora muito modificada, conserva sua importância. As pequenas empresas tendem a desaparecer, e aqueles outros tipos de sistema social já desapareceram, dando lugar às grandes empresas, ao estado moderno com todo o imenso conjunto de serviços que presta, aos clubes, às escolas, às igrejas,