Cidades
A vitamina A é considerada pelos técnicos que trabalham em bovinocultura de corte como o nutriente mais esquecido em um programa nutricional para a espécie. A razão básica dessa afirmação prende-se ao fato de que as pastagens apresentam abundância de carotenóides (pró-vitamina A) durante o período quente e chuvoso do ano (águas), caindo drasticamente os teores na forragem durante a seca.
Para animais em regime de confinamento, praticamente todos os alimentos passíveis de ser utilizados contêm pouca ou nenhuma vitamina A (fenos, silagem, bagaço, capineiras, concentrados, etc).
Estes fatos sugerem que durante o período crítico do ano (seca), o aporte nutricional de vitamina A é muito pequeno ou mesmo nulo, ficando os animais dependentes das reservas hepáticas porventura acumuladas no período favorável do ano (águas). Entretanto, os fatores que governam a deposição e a remoção de vitamina A hepática ainda não são bem conhecidos. Os níveis de zinco, vitaminas A e E da dieta, estresse, excesso de temperatura, consumo excessivo de nitratos, são considerados como fatores mais importantes (NRC, 1996). Em termos práticos, acredita-se que as reservas hepáticas possuam capacidade de ação de 2-4 meses, embora esse tempo não possa ser realmente medido em condições de campo.
A vitamina A está envolvida em vários processos metabólicos referentes à participação na membrana celular de células receptoras de luz na retina, proteção do epitélio (pele, mucosa conjuntival, brônquica, vesical e uterina), desenvolvimento e manutenção da integridade do sistema nervoso, desenvolvimento ósseo, embrionário e controle da pressão normal do fluido cérebro-espinhal e envolvimento direto na reprodução e crescimento (CHAPMAN et alii, 1964; CHEN, 1987).
Sintomas de deficiência de vitamina A incluem cegueira noturna, xeroftalmia, papiloedemas, convulsões e muitos problemas reprodutivos (CORBETT, 1990). A vitamina A ainda atua com elevada importância na resistência às doenças