Administração
A conclusão de que a descentralização não é a formula mágica que vai resolver todos os problemas organizacionais das empresas parece estar de acordo com esta analise que fizemos das vantagens e das desvantagens recíprocas da centralização e da descentralização. Não esta de acordo, no entanto, com a tendência observada em amplos círculos de administradores e professores de administração nos Estados unidos. Lá, segundo nos informam Pfiffner e Sherwood, “sob certos aspectos, a descentralização tornou-se um ‘evangelho’ dos administradores”. (Citação: Jhon M. Pfiffner e Frank P. Sherwood. Administrative organization. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Haal, 1960, p. 190. )
A descentralização é em primeiro lugar, a grande resposta aos problemas administrativos das grandes empresas. Mais que isso, é uma filosofia (na acepção norte-americana da palavra filosofia), é uma forma de encarar o mundo através da qual se respeita a liberdade e a dignidade humana. Finalmente, é um meio de organizar cada empresa e a sociedade como um todo em termos democráticos.
Na verdade, encarada nesses termos, a descentralização transforma-se em uma ideologia política, ou pelo menos em uma peça de um sistema ideológico maior. A descentralização seria um meio de conciliar a grande empresa oligopolística moderna com a democracia. Seria um meio de equacionar a exigência de livre concorrência, formulada pela teoria econômica clássica, e a aspiração de democracia com a realidade do capitalismo moderno, em que as grandes empresas, as grandes organizações, dominam o panorama social.
De um lado, Sloan, Cordiner e muitos outros defendiam a necessidade das organizações industriais gigantescas, como aquelas que eles mesmos dirigiam. De outro lado, preocupavam-se com os efeitos sociais dessas grandes organizações, particularmente com os efeitos sobre a liberdade individual. A descentralização surgiu como uma possível solução para o problema. O