Administração

Análise

Para Joseph Schumpeter, o capitalismo desenvolvia-se em razão da estimulação do surgimento de novos empreendedores ou inventores extremamente criativos, os inovadores, eram os responsáveis por todas as ondas de prosperidade que o sistema conhecia. Para Schumpeter o progresso dependia essencialmente desta vanguarda de empreendedores que quase sempre surgiam em grupos.
Nas etapas iniciais do capitalismo, o papel do empresário inovador misturava-se com o capitalista que criava o inusitado, que tanto poderia ser um produto desconhecido, ou uma nova técnica de produção. Como igualmente a descoberta de uma nova matéria-prima ou conquista de um novo mercado.
Qualquer uma dessas situações, mesmo que iniciada num só setor produtivo, provocava uma onda geral de transformações. O empreendedor compensava-se com enormes lucros o que Schumpeter chamou de lucro do monopólio, que diminuía gradativamente quando outros se aproveitavam da inovação.
Este processo de introdução do novo, destruía o que era antigo, como por exemplo o desaparecimento de carruagens após o surgimento de trens e navios, a adoção de teares mecânicos nas industrias da Inglaterra e da Europa que arruinaram o trabalho artesanal, reduzindo assim um grande número de funcionários. Para Schumpeter toda inovação implicava em uma destruição criadora.
Tanto no capitalismo passado como no moderno, a crise decorre da exaustão dos efeitos da inovação. Quando, por exemplo, um produto novo chega aos limites mais extremos do mercado, ele o satura. Os lucros caem, gerando assim uma reação negativa em cadeia, sucedem-se então falências e desempregos. A estagnação só será rompida quando uma outra inovação chegar os mercados, impulsionando assim a retomada do crescimento.