ADMINISTRAÇÃO
Autor(a): Carolina de andrade spinola
"Existem três classes distintas de pessoas nas organizações: os sonhadores, os que participam do sonho e os burocratas".
Jurandir Mendes
Sejam bem vindos à nossa quarta aula. Nesse encontro vamos discutir o papel do empreendedor interno, ou seja, do empreendedor que age dentro da organização em que trabalha. Vamos analisar o perfil das organizações que fomentam esse tipo de comportamento no Brasil e as principais barreiras, impostas por outras tantas, para que as boas ideias de seus colaboradores se transformem em oportunidades de negócios. Então, em qual dessas situações se enquadra a empresa que você trabalha?
O ESPÍRITO EMPREENDEDOR NAS ORGANIZAÇÕES
A imagem mais comumente difundida do empreendedor está associada ao fundador de novas empresas. Conforme foi discutido na primeira aula desse curso, essa é uma visão restrita do tema e deve-se, em grande parte, ao fato de que o início dos estudos sobre empreendedorismo tenha acontecido em cursos de constituição de novos negócios. (DRUCKER, 1987 apud MENDES, 2009). De fato, na bibliografia consultada sobre o tema para a elaboração desse curso, a ênfase dos trabalhos é totalmente voltada para o desenvolvimento dos planos de negócios, a discussão de outras temáticas relacionadas com o empreendedorismo ocupa, na melhor das hipóteses, um ou dois capítulos iniciais.
Mas, para além da criação de novas iniciativas empresariais, há o empreendedorismo que se manifesta no âmbito de organizações já estabelecidas, conhecido como empreendedorismo corporativo, interno ou intra-empreendedorismo.
O estudo do empreendedorismo interno é bem mais recente. Segundo Dornellas (2004) a referência mais antiga ao tema data da década de 80 do século passado, quando Gifford Pinchot publicou o livro "Intrapreneuring"1 em que apresentava o termo "intrapreneurship" pela primeira vez e destacava a importância desse processo para a obtenção de inovação por parte