Administração

A Administração no Brasil

A administração é uma técnica universal, as organizações precisam ser administradas, e o trabalho do administrador é basicamente o mesmo: guiar as organizações de forma a alcançar os objetivos. No entanto, as características distintivas das culturas nacionais condicionam o modelo de gestão adotado como, por exemplo, o individualismo e pragmatismo norte-americanos fazem com que seu estilo de gestão seja caracterizado pelo empreendedorismo e pela competitividade. Por outro lado, a cultura japonesa caracteriza-se por valores coletivistas que se refletem em métodos de gestão baseados no planejamento. O estilo brasileiro de administrar apresenta alguns traços culturais que lhe permite distinguir-se de outras culturas nacionais. Esses traços reforçam vantagens por um lado e ao mesmo tempo criam dificuldades aos administradores.
Em uma pesquisa feita com 2.500 administradores, foi desenvolvido um modelo de interpretação da cultura brasileira com quatro subsistemas: o institucional, o pessoal, o dos líderes e o dos liderados. Das interseções entre os subsistemas, é possível identificar os traços culturais que definem o sistema brasileiro de ação cultural. São eles:
Concentração de poder – representa o lado institucional da relação líder-liderado e reflete a tendência das organizações brasileiras para centralizar o poder e a autoridade do líder. As decisões são unilaterais. Principal consequência: elevada distância hierárquica entre os diferentes níveis organizacionais.
Personalismo – representa o lado pessoal da relação entre líder e liderado e reflete a proximidade e o afeto das relações interpessoais. As pessoas são consideradas durante o processo decisório, não sendo encaradas apenas como um meio para alcançar um objetivo. Principal implicação: o poder que assumem os grupos de amizade dentro das organizações, sobrepondo-se à distribuição hierárquica.
Postura de espectador – reflete a passividade e a conformação do liderado perante o