Administração

A Escola de Administração Científica

Roberto Lopes da Fonseca1

Embora ao longo da história o Império Romano, a Igreja Católica e os exércitos necessitassem da administração, esta só foi ganhar impulso nas organizações privadas a partir da chamada Primeira Revolução Industrial, no período de 1750-1850.
A divisão do trabalho e a especialização, práticas também históricas e propugnadas por Adam Smith em “A riqueza das nações”, de 1776, foram sendo utilizadas pelas empresas de modo intensivo, com base no fato de que os operários poderiam ser mais eficientes com o trabalho coletivo, produzindo uma quantidade maior do que conseguia, individualmente, o artesão da época.
Da segunda metade do século XIX e início do século XX, surgiram grandes empresas como a Ford, General Motors, Goodyear, General Eletric e Bell Telephone. O crescimento destas empresas aumentou a busca por maior eficiência. A concorrência ainda não havia atingido o desenvolvimento atual, motivando assim a priorização da produção crescente e em larga escala de mercadorias.
A busca desta maior eficiência ensejou o surgimento de teorias e práticas administrativas. Entre os estudiosos da época com esta preocupação, destacaram-se Frederick Taylor, Henry Ford, Henri Fayol e Max Weber.
Frederick Winslow Taylor (1856-1915), engenheiro mecânico, iniciou carreira no chão-da-fábrica, galgando posições nas empresas pelas quais passou. Como resultado desta sua trajetória, enfatizava as tarefas, utilizando-se do método indutivo para conceber a organização. Ou seja, seu ponto de partida eram as tarefas simples de produção de mercadorias para conceber os cargos, as seções, os departamentos e a organização como um todo.
Em 1903, publicou o livro “Administração de Oficinas”, ocupando-se dos estudos das técnicas de racionalização do trabalho por meio do estudo de tempos e movimentos. Taylor destacava quatro princípios essenciais à boa administração:

Pagar salários altos e Ter baixos custos de produção;