administração
Esses dois pontos geravam excedente de mão-de-obra e, consequentemente, baixos salários. Por outro lado, a ausência de concorrência permitia preços elevados e altas margens de lucro para as indústrias.
2.2.4 Escassez de fontes de financiamento
- Quase inexistência de um sistema financeiro em decorrência da “Lei da Usura”, que desestimulava a poupança. O sistema restringia-se aos bancos comerciais, a algumas financeiras e aos agentes financeiros oficiais, com destaque para o Banco do Brasil e ao BNDE, sendo que este último operava com recursos de empréstimos compulsórios (um adicional de 10% sobre o Imposto de Renda, instituído para sua criação); - Ausência de uma reforma tributária ampla. A arrecadação continuava centrada nos impostos de comércio exterior e era difícil ampliar a base tributária; já que a indústria deveria ser estimulada, a agricultura não poderia ser mais penalizada, e os trabalhadores, além de sua baixa remuneração, eram parte da base de apoio dos governos do período. Neste quadro, não restava alternativa de financiamento ao Estado, que teve que se valer das poupanças compulsórias, dos recursos provenientes da recém-criada Previdência Social, dos ganhos no mercado de câmbio com a introdução das taxas de câmbio múltiplas, além do financiamento inflacionário e do endividamento externo, feito a partir de agências oficiais.
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, Larissa S. O Processo de substituição de Importações: da crise de 1930 a II PND. 2006. Disponível em: . Acesso em: 02 maio 2013.
GREMAUD, Amaury P. VASCONCELLOS, Marco Antônio S. JUNIOR, Rudinei T. Economia brasileira contemporânea. São Paulo, 2007.