Administração
14/10/2013 - 03h00
Fundador da XP Investimentos transformou escola sobre a Bolsa na maior corretora de valores do país
DEPOIMENTO A
TONI SCIARRETTA
RAQUEL LANDIM
DE SÃO PAULO
Fundador da XP Investimentos, maior corretora de varejo do Brasil, Guilherme Benchimol começou dando aula, em Porto Alegre, sobre o funcionamento do mercado de ações. Com R$ 3.000, abriu um clube de investimento que se tornou uma gestora de R$ 3 bilhões. Inspirada na americana Charles Schwab, a XP trouxe ao país o conceito de shopping de investimento, que compara e vende diferentes aplicações de butiques e bancos estrangeiros.
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Eu trabalhava numa corretora carioca chamada Investshop, que pretendia se transformar em um shopping de investimento vendendo desde ações até aplicações de diferentes bancos.
Meu trabalho era convencer outras corretoras a reduzir custos operando por meio da plataforma do Investshop.
Em 2001, após a bolha da internet, o setor em que trabalhava acabou sendo extinto e eu fui demitido.
Com 24 anos, isso tira o chão. De aprendiz de executivo virei desempregado. Já estava formado (fiz economia na UFRJ) e me questionei se era mesmo bom naquilo.
Havia uma corretora em Porto Alegre, a Diferencial, que queria operar com a Investshop. Eles me chamaram para continuar o projeto, em que deixariam de ser corretora para operar como agente autônomo (uma espécie de vendedor de aplicações associado a uma corretora).
Lá, conheci o Marcelo Maisonnave, que se tornou depois meu sócio na XP. Falei: Marcelo, por que não fazemos a mesma coisa? Montamos um escritório de autônomo!
No começo, a minha decisão era: nunca mais quero ter chefe. A do Marcelo era: vou me juntar com esse cara, que deve saber o que faz.
Eu devia ter uns R$ 10 mil guardados. Compramos uns computadores usados e começamos a XP.
A marca XP foi criada em meia hora. Eu falava muito que queria criar uma empresa XPTO... Assim, ficou XP.
No começo, a vida da XP foi muito