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Crise também é de relações do trabalho

Para Domenico De Masi a crise em 2008 o mundo pode ver os paradoxos do capitalismo e apontou a necessidade de mudanças nas relações do trabalho isso se os países quiserem diminuir os efeitos causados pela crise. Mas o cenário atual não é apenas resultado da quebra do sistema financeiro, mas também por as pessoas quererem consumir sem o direito de produzir, causando um modelo de produção baseado na sociedade industrial do século passado, enquanto a dinâmica e a vivência é da sociedade pós-industrial. O capitalismo tem suas regras e para sobreviver a ele devem segui-las, algumas dessas regras vêm de teorias econômicas, outras da visão utópica. Três visões utópicas básicas:
1. Pode haver crescimento infinito;
2. O crescimento infinito pode ser obtido apenas se houver concorrência de todos;
3. Além do crescimento infinito, há a possibilidade de consumo infinito.
Para o sistema financeiro bem é preciso distribuir bem a riqueza, de forma que o consumo se expanda. É preciso que a fonte de riqueza do trabalho seja bem distribuída, distribuição do poder deve ser bem distribuída, é necessário distribuir bem o conhecimento. Assim se obtém uma distribuição justa das oportunidades onde o capitalismo consegue se sustentar e crescer. Porém se percebe que o poder não é infinito, pois os objetos são feitos de matéria prima que são finitas. Outro paradoxo do capitalismo é que a riqueza não se distribui de forma justa e igual, mas agrega cada vez mais na mão de poucas pessoas, assim quando a riqueza se agrupa nas mãos de poucos o consumo cai. O progresso tecnológico vive de inovação e progresso, eliminando o trabalho. Para se resolver tantos paradoxos é preciso rever totalmente o modelo da nossa sociedade, com redistribuição. É necessário redistribuir riquezas, o trabalho, o poder, o saber, as oportunidades. Os intelectuais são os maiores culpados, pois eles não propõem nada novo. De Masi acredita que a sociedade