Administração
Para boa parte da população o preço desse item é proibitivo. E isso faz com que, na melhor das hipóteses, as pessoas fiquem com a mesma escova muito além do seu período de eficácia e em alguns casos, até mesmo, a compartilhem com toda a família. O que causa um perigo extra de contágio por bactérias, principalmente para as crianças.
Embora ainda distante de atingir os números desejados pelo setor, a indústria nacional de higiene bucal segue em evolução. Segundo dados do Euromonitor, fornecidos pela Abihpec, as vendas mundiais desses produtos somaram US$ 33 bilhões em 2008. Os Estados Unidos, na liderança da categoria, ficaram com 16,2% dessa soma, mas amargaram queda de 0,20% em relação ao resultado atingido no ano anterior. Já o Brasil, que ocupa a segunda posição, com share de 9,2%, cresceu 21,59% e obteve faturamento de US$ 2,83 bilhões. “E entre os 10 maiores mercados mundiais obtivemos o melhor desempenho, em todas as categorias”. E tal performance é atribuída principalmente ao aumento de renda das classes D e E, maior consciência da população sobre a importância de cuidar dos dentes e às inúmeras campanhas de conscientização sobre o tema, que vêm sendo veiculadas nos meios de comunicação.
De forma geral, o setor vem crescendo, apresenta bons resultados em relação a outras áreas da saúde e coloca o Brasil entre os primeiros mercados do mundo em alguns segmentos. Além disso, o mercado odontológico brasileiro de higiene bucal, tem potencial de crescer e se aprimorar ainda mais como produtor, exportador e consumidor.
Mas é claro que nem tudo são flores e, para essa força em potencial se tornar real e se manter assim, além de chegar à população de forma mais democrática, muitas e grandes mudanças são necessárias. Para as entidades representativas, são grandes obstáculos para o setor odontológico a alta carga tributária, a complicada e cara burocracia, o baixo acesso dos brasileiros aos serviços e produtos em saúde bucal,