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O CONTEXTO HISTÓRICO
As inúmeras guerras, as rebeliões, a peste negra e os problemas religiosos e econômicos resultaram uma falta imensa de mão-de-obra nos campos e foram os principais responsáveis pela crise no sistema feudal. Com todo esse tumulto acontecendo, o comércio na Europa Ocidental voltou a funcionar e com isso, a moeda começou a circular, mas desta vez como instrumento de troca. Resgatando um pouco as aulas de história lá do colégio, sabemos que o poder e a riqueza estavam nas mãos da aristocracia e da Igreja, porém a “fonte” começou a brotar em outra freguesia: o bolso dos mercadores ou burgueses, habitantes dos burgos. Até então o comércio era feito na base de trocas de mercadorias, mas com o aparecimento dos burgueses e o início das atividades comerciais a coisa mudou de figura. Houve, também, um processo de urbanização acelerado e o esvaziamento do campo. A burguesia começou a sentir-se forte e achou-se no direito de disputar com a nobreza a direção política, pois o dinheiro deles financiavam diversos projetos soberanos que centralizavam o poder. Lá em Portugal os burgueses estiveram presentes na Revolução de Avis. Essa revolução foi uma guerra entre nobres, que dizer, nobres que desejavam que Portugal se unisse com a Espanha e nobres que queriam de Portugal um reino autônomo. Os vencedores desta batalha foram os nobres que defendiam Portugal independente e que teve o apoio das cidades comerciais. A burguesia vencedora levou D. João I, Mestre de Avis, ao trono. A riqueza deste cidadão ofereceu condições para a realização das Grandes Navegações e as conquistas que se iniciaram com a tomada de Ceuta por volta de 1415. Além dessas grandes mudanças, a Igreja sofreu um duro golpe com a queda do Teocentrismo (Deus como o centro de todas as coisas) para o Antropocentrismo. O homem passa a ser o centro do universo. Em parte, essa mudança se deu graças as Grandes Navegações, que revelaram ao homem que existia um mundo bem maior do