Administracao
Até o final do século dezenove, o governo protegeu o lucro das exportações de café através de desvalorizações cambiais. Toda vez que o preço do café caía no mercado internacional, o governo desvalorizava a taxa de câmbio. Eram as políticas de valorização do café.
A desvalorização cambial tornava os produtos importados mais caros. Como grande parte dos produtos consumidos nos centros urbanos da época eram importados, aumentava o custo de vida. O governo sustentava o negócio do café arrecadando o imposto inflacionário.
A desvalorização cambial também impedia que o preço do café sinalizasse excessos de oferta através de seu aumento.
Sem a política cambial, um excesso de oferta reduziria o preço do café. Os produtores teriam, então, menos incentivos para produzi-lo e mudariam de negócio.
A Crise de Superprodução do Café
Por muitos anos o café foi o principal produto na economia brasileira, e os grandes produtores tinham muita influência na política do país. Durante a República Velha, a presidência da república se revezava entre os grandes produtores de café de Minas Gerais e São Paulo ou os candidatos por eles apoiados, gerando a Política do Café com Leite.
Porém, a partir de 1895, a economia cafeeira começou a enfraquecer. Isso aconteceu porque os produtores estavam produzindo muito mais do que o necessário, enquanto o mercado consumidor Europeu e Norte-Americano não crescia no mesmo ritmo. Havia muito café para poucos consumidores, o que fez com que o preço da mercadoria despencasse no mercado internacional, causando vários problemas aos grandes produtores.
Nos primeiros dois anos do século XX, haviam sido produzidos mais de 1 milhão de sacas acima da capacidade de consumo do mercado internacional, e em 1906, esse número chegou à 4 milhões.
Para tentar chegar a uma solução para esse problema, em 1906 os governadores dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro se reuniram na cidade de Taubaté, no