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Adopcao da NIRF : Desafio Imposto pela Globalizacao
Empresas moçambicanas estão, há cerca de três anos, a implementar Normas Internacionais de Relato Financeiro - NIRF
Empresas moçambicanas estão, há cerca de três anos, a implementar Normas Internacionais de Relato Financeiro - NIRF. Apesar de pouco abordado, o tema está na ordem do dia, uma vez que a adopção destas regras começa a ser apontada como condição para o acesso ao apoio financeiro a unidades empresariais. Em entrevista ao “O País económico”, Nordel Cadir, coordenador da implementação das NIRF no país, ao nível da AT, desmistifica o assunto.
Nos últimos dias assiste-se a cada vez maior exigência das empresas para aderirem às Normas Internacionais de Relato Financeiro. Qual é o pressuposto desta iniciativa?
Como deve calcular, o desenvolvimento do comércio internacional e a globalização dos negócios que hoje se assistem, na actual conjuntura mundial, terão e estão a pressionar as Instituições Internacionais responsáveis pela emissão das normas e princípios contabilísticos a uma cada vez maior harmonização internacional. Ora, com a economia globalizada não é aceitável existirem diferentes contabilidades com diferentes resultados, consoante o país onde estamos. A ausência de uma harmonização internacional tem sido o impulso determinante da tal contabilidade que ainda permite várias alternativas que originam significativas diferenças nos resultados e na situação financeira das empresas.
Numa perspectiva contextualizante, recuaria à um passado recente, até 2001, em que a contabilidade era regida por NIC (Normas Internacionais de Contabilidade) emitidas pelo IASC (International Accounting Standards Committee). De 2001 até aos nossos dias, a mesma passa necessariamente a ser em obediência às NIRF (Normas Internacionais de Relato Financeiro), cuja emissão é da responsabilidade do IASB (International Accounting Standards Board).
A alteração de NIC para NIRF envolve uma mudança de fundo: